- Visual impressionante
Uma pessoa desavisada pode bater o olho em "God of War: Ascension" e achar que o PlayStation 4 já saiu: o game exibe alguns dos gráficos mais bonitos e incríveis da atual geração de consoles, com cenários colossais e efeitos de luz e texturas fora de série.
O estúdio Sony Santa Monica mostra toda sua experiência e habilidade com a franquia ao criar ainda sequências de batalhas com ângulos dramáticos, cenários inteiros que se quebram (e reconstroem, graças a uma nova magia de Kratos) e lutas contra vários inimigos sem deixar cair um único quadro de animação.
Para os grandes títulos exclusivos de PS3 que ainda vêm por aí, como "The Last of Us" e "Beyond", fica o duro desafio de ao menos se equiparar à genial qualidade gráfica deste "God of War".
- Combate refinado
Desde o primeiro game a série "God of War" primou por um excelente sistema de luta e isso não é exceção. Para veteranos, é quase como andar de bicicleta: basta pressionar um pouco os botões quadrado e triângulo para lançar os arrasadores combos de sempre.
Em "Ascension", porém, há uma boa dose de refino já que Kratos pode usar sua corrente para agarrar inimigos e jogá-los em outros adversários. Além disso, o espartanho também é capaz de pegar armas dos monstros e cenários, como espada, clava e lança, cada uma com golpes e estilos diferentes.
Esses aprimoramentos vêm ao custo de menos equipamentos fixos para Kratos, substituídos principalmente por elementos que atribuem diferentes propriedades às tradicionais lâminas, como poder de fogo e eletricidade, mas isso não chega a ser um problema, pois evita de encher o jogador com opções e só usar duas ou três.
- Puzzles engenhosos
Quebra-cabeças são presenças constantes em "God of War", mas nunca com a mesma complexidade vista em "Ascension". Claro, nenhum deles chega ao alto nível visto na série de puzzles "Professor Layton", mas o desafio está acima da média em relação ao que ajudamos Kratos a resolver em outros títulos.
Muitos dos enigmas envolvem manipular cenários enormes, seja movendo caixas, puxando correntes ou, o mais bacana, usando dois poderes inéditos de Kratos.
O primeiro é um medalhão que permite decompor e regenerar elementos do cenário, enquanto outro permite criar uma cópia do herói e, por exemplo, puxar uma corrente, deixar o clone segurando-a e aí seguir em frente.
O par de bugigangas vale também para os combates - e são muito úteis! -, mas chamam mais atenção mesmo ao ajudarem na resolução de puzzles.
- Multiplayer bom
Houve quem não acreditasse no modo multiplayer de “Ascension”, mas a pancadaria com os gladiadores do Olimpo é divertida - ainda que bem desequilibrada. São quatro modos: Team Favor of the Gods, Deathmatch, Capture The Flag e o Trial of the Gods. Eles são divididos em subcategorias dependendo da quantidade de jogadores.
A primeira impressão é que o combate em nome dos deuses é um “Smash Bros.” com alguns objetivos específicos – seja acabar com os adversários, seja levar a bandeira inimiga para seu lado ou destruir as feras do cenário. Basta não levar a sério demais a competição aqui para se divertir bastante.
O modo Trial of the Gods é o mais divertido e justo, pois você mais um amigo podem entrar em arenas para destruir o maior número de monstros possível. Aqui é exigido trabalho em equipe e coordenação, principalmente para destruir as feras mais poderosas, como a manticora ou o minotauro.
Conforme seu guerreiro ganha experiência, novos poderes e habilidades são adicionados ao arsenal. Basta encontrar os equipamentos certos para seu estilo de jogo que você garantirá a sobrevivência na arena por alguns segundos a mais.
Já nas disputas competitivas o que vale é a sorte: ser cercado por inimigos é sinônimo de morte certa. O problema é que o desequilíbrio, já sentido no teste beta, não foi corrigido. Seu guerreiro dificilmente conseguirá se salvar de uma combinação de um adversário e fica pior ainda quando se juntam dois ou mais guerreiros para destruir seu campeão.
Não existe um poder ou habilidade de controle de multidões para se salvar ou ajudar aliados, ou seja, quem conseguir acertar o primeiro golpe sairá na vantagem. Mas é como dito anteriormente: basta não levar o multiplayer competitivo muito a sério para ter horas e horas de diversão.
PONTOS NEGATIVOS
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